domingo, 8 de mayo de 2016

Músicas na onda em Portugal


ANA MOURA: DIA DE FOLGA

Manhã na minha ruela, sol pela janela
O senhor jeitoso dá tréguas ao berbequim
O galo descansa, ri-se a criança
Hoje não há birras, a tudo diz que sim
O casal em guerra do segundo andar
Fez as pazes, está lá fora a namorar

Cada dia é um bico d’obra
Uma carga de trabalhos faz-nos falta renovar
Baterias, há razões de sobra
Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga
É dia de folga!

Sem pressa de ar invencível, saia, saltos, rímel
Vou descer à rua, pode o trânsito parar
O guarda desfruta, a fiscal não multa
Passo e o turista, faz por não atrapalhar
Dona laura hoje vai ler o jornal
Na cozinha está o esposo de avental

Cada dia é um bico d’obra
Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar
Baterias, há razões de sobra
Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga
É dia de folga!
Folga de ser-se quem se é
E de fazer tudo porque tem que ser
Folga para ao menos uma vez
A vida ser como nos apetecer

Cada dia é um bico d’obra
Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar
Baterias, há razões de sobra
Para a tristeza ir de volta e o fado celebrar
Cada dia é um bico d’obra
Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar
Baterias, há razões de sobra
Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga
É dia de folga
Este é o fado que se empolga
No dia de folga! dia de folga!



DEOLINDA: CORZINHA DE VERÃO

Por que é que o sol nunca brilha quando fico de férias

Aos fins de semana ou nos meus dias de folga?
Eu passo os dias a ver gente em fato de banho
Calções e havaiana e eu sempre de camisola

E eu andei o ano inteiro, a juntar o meu dinheiro
Para esta desilusão
Dava todo o meu ouro por um pouco do teu bronze
Uma corzinha de verão

Vento, eu na praia a levar com vento
A rogar pragas e a culpar são pedro
Que mal fiz eu ao céu?
E tento, juro que tento imaginar bom tempo
Espalho o protetor solar e estendo o corpo no museu

Por que é que tudo conspira contra a minha vontade?
Sim, sim é verdade, não estou a ser pessimista
É que a vizinha da cave é sempre a mais bronzeada
Traz um sorriso na cara e não sabe quem foi kandinsky

E eu andei o ano inteiro, a juntar o meu dinheiro
Para esta desilusão
Dava todo o meu ouro por um pouco do teu bronze
Uma corzinha de verão

Vento, eu na praia a levar com vento
A rogar pragas e a culpar são pedro
Que mal fiz eu ao céu?
E tento, juro que tento imaginar bom tempo
Espalho o protetor solar e estendo o corpo no museu

E tento, juro que tento imaginar bom tempo
Espalho o protetor solar e estendo o corpo no museu
O corpo no museu




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